segunda-feira, 29 de outubro de 2007

SAPHO

Deixo aqui um pouco da poesia de Roberta Ferraz. Escritora jovem, paulista, escorpiana, voraz, líquida e mortal. Recomendo a descoberta.


O meu amor, quando é amor
é excesso.
E morre.

Um pé sobre o penhasco
abaixo, todo o mar
centrípeto,

sua sombra, volume
de pender o fundo,
vermelhidão e escolha.

Expande o delírio
feminino
ininterrupto
o mar de suas mulheres
seus ramos do escuro.

Entre o lábio e a sola,
a precisão do penhasco:
raja os amores
o sexo
o manto,

meu amor, quando é amor
é excesso.
E morre.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi, Anna :)
Gostei do blog!

Continue postando ;)

Um beijo!

Caio Escorel