quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

A superação da rima

Esse ano não vai ter choro nem vela
Vou voar sobre as aquarelas
E pintar a face que me pertence
Não vai ter rédea, nem senões, nem porquês.
Cair no abismo sem fio que amarra
e dar asas à minha imaginação
para poder, assim, saber a distância de lá pro chão.
Aí, vendo o chão, lá do alto, sozinha,
Vou desenhar os caminhos meus
com os frutos das árvores que semeei
E quando as flores começarem a se abrir
De rasante vou ao chão
Colher as cores, as flores e os cheiros
E sair dançando com um buquê na mão
De girassóis. De giramundo.
E rodar o mundo. Vasto mundo.
E fazer. E fazer. E ser.
Não mais uma Raimunda.

domingo, 6 de janeiro de 2008

O meu lôro........

o quiosque brilho do sol
botou fogo no meu coração
corri para praia, tomei dramim,
acordei chapada na areia,
com o nascer do sol e merda na cabeleira,
tomei um jeep demorado,
comi três ovos estalados,
e saí - com um príncipe encantado.