sexta-feira, 11 de novembro de 2016

O voo de flecha.

Ela sonhou com arco e flecha.
Um campo largo, cheiro de flor.
Infinito.
Não era arqueiro, não era arco, não era alvo.
Era a flecha.
Ela mesma, deitada, pendurada, na horizontal.
De um movimento, lançada no horizonte,
sobreava os campos verdes
E voava, retilínea, veloz, plena.
Em direção àquilo que não se vê a olhos nus.
Mas que se sente batendo no meio do peito...

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Saudade.

Sinto saudade do seu olhar quando me olhava em desejos.
Eram ondas que me levavam
e me deixavam
como espumas salgadas.
 
Sinto saudade do seu corpo quando não tinha forma,
mas se formava
a partir do encontro com o meu.
 
Sinto saudade da risada descarada,
daquilo que se dava,
mesmo sem fazer nada.
 
Sinto saudade da saudade,
de sentir saudade,
de dar saudade e
de ainda acreditar que ela existe.
 
Sinto saudade.