domingo, 8 de novembro de 2009

o calor

o calor que me mata
derrete a mente
e a paciência.

para ver as coisas
como elas são
é preciso um pouco de chuva
um pouco de água
desabar.

para limpar e fazer ver
aquilo que tem que ser.

sábado, 24 de outubro de 2009

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Tre lá lá!

Chega, chega, chega.
A gente corre, corre, corre e, no fim, sempre aparece mais uma curva ou uma subida no caminho.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

quinta-feira, 30 de julho de 2009

corte e costura

Quando a gente mira um ponto,
o vento nos leva a outro.
E deste ponto,
uma nova mira,
e um novo ponto.
E assim
vamos,
de lá para cá,
de cá para lá,
costurando aquilo que as Moiras chamam
de destino.

o tempo

Viver é um processo lento que passa tão rápido....

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Apenas ir

Se eu morresse hj....
Queria ser enterrada entre velas e flores.
Queria unir pessoas que deixaram de se falar há anos.
Queria uma festa para fazê-los lembrar como dançar faz bem.
Queria que as pessoas começassem a falar mais e a pensar menos.
Queria que as pessoas perdoassem mais.
Queria que elas se ajudassem e reconhecessem seus erros.
Queria que as pessoas reconhecessem os meus erros.
Queria não deixar nada não dito nem não feito.
Queria poder ir sem pensar em quem poderia ter ido ou ficado.
Queria que todos os pais e mães dessem carinho aos seus filhos,
como os meus me dão.
Queria que a pobreza fosse erradicada no mundo.
Queria que as pessoas não se frustrassem tanto uns com os outros.
Afinal, somos humanos, todos.
Queria que todos viajássem mais, lessem mais e brincássem mais.
Queria que as pessoas parassem para ver o pôr-do-sol.
Queria que as pessoas parassem para ver a lua.
Queria que as pessoas parassem.
E recomeçassem, sempre.
Queria apenas ir.
Se eu morresse hoje....

domingo, 19 de julho de 2009

reflexão solar

ao gosto de cranberries tudo ácido e fluido.
derreto-me em pensamentos soturnos
mesclados ao pôr-do-sol rosado
reflito-me à luz
reflete-se o sol
no pára-brisa
nos óculos escuros.
obscuros.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

o freezer da vida

Sabe esse negócio de fazer DVDBook, de congelar imagens, de selecionar modos, de escolher momentos. Então, tem que fazer, mas dá um trabalho...chato, bem chato.
Prefiro deixar rolar os encontros, acasos, prefiro escolhas certas por fluidos incertos, ao vivo, de carne e osso, de cenas andantes que seguem em mutação constante no meu visor.

sábado, 11 de julho de 2009

Enfim.


A vida é bela antes da gripe.

O vazio repleto.

Faz muito tempo que não escrevo por aqui.
Primeiro, era muito traballho.
Depois, um cansaço de mim - de escrever sempre da mesma forma, os mesmos versos. Queria mudar um pouco, porque aqui dentro também andava, e anda, mudando.
E, por último, uma incapacidade minha de falar, de permitir o vazio para falar. Aquele segundo-vazio que antecipa qualquer criação. Minha cabeça andava tão cheia que não tinha tempo para o vazio. E o vazio, na verdade, é o que recheia de verdade aqui dentro. Então, na verdade, eu estava cheia de nada e louca para sentir o vazio total.
Aí, voltei.
Falando mais de mim, falando mais das coisas que vejo por aí.
Com vontade de falar, falar, falar, falar.
E escrever.
De mim, dos outros, das coisas, de teatro, de festa.
Feliz, de estar aqui.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Prefácio

Tenho andado que nem louca nos últimos tempos.
Muito trabalho.
Muita Gambiarra.
Além da minha produção "A noite mais fria do ano", que reestreou semana passada nos Parlapatões, terças e quartas, às 21h.
E, por isso mesmo, agora....é hora de..........

Rumo à Buenos Aires

"RG novo, VIDA nova."

quarta-feira, 27 de maio de 2009

declaração de amor

Eu amo amá-lo.
Pois amá-lo é descobrir um pouco mais de mim.
Do meu lado belo.
Do meu lado feio.
Do meu lado meio a meio.

É sempre uma dor
conectada
a um prazer.
Dor de não tê-lo dentro de mim,
como um ovo.
Prazer de não tê-lo dentro de mim,
ser inteiro.

Amar alguém assim
é como ter um feto
que vive fora de si.
Totalmente independente,
mas extremamente conectado em mim.
E eu nele.

Ou,
ser eu mesma a semente sem barriga,
que vive em busca do eterno retorno,
ao útero, ao colo,
à eterna confirmação
de pertencer a alguém ou
a alguma coisa.

É ser e não ter.
Ou ter e não saber.

É amar, incondicionalmente.

o descontrole do vir a ser

Por que nós, seres humanos, somos tão complexos?

terça-feira, 26 de maio de 2009

o empurrão

Quando se fecha um olho, eu fecho a porta.
Quando se nega um ato, eu parto.
Quando nada é dito, eu calo.
Calo, fecho e parto em busca de mim.
Mulher solitária que navega sola.
Medrosa e orgulhosa.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

sábado, 2 de maio de 2009

O primeiro passo rumo à Rússia.

“Antes de ler Tchekov, é preciso conhecer Turgueniev” – essas foram as palavras do diretor Eduardo Tolentino ao me dar em mãos o livro que iria me emprestar, “Pais e Filhos”. Saí do apartamento dele naquele fim de tarde, em que fazia um pôr-do-sol alaranjado e suave, pensando se iria ou não ao teatro e que horas iria encontrar o meu amor. Mal sabia o que me aguardava naquelas páginas.
Dias depois, ou melhor, semanas, decidi encarar aquele monte de capa amarela envelhecida. A leitura se fez como uma novela em minha mente, construindo cena a cena, sofrendo e rindo a cada construção de situação e contradição de personagens. As páginas foram pulando da mesma forma que os personagens pulavam de canto a canto da Rússia visitando seus parentes e amigos e vivenciando os novos e velhos encontros.
Encantei-me com Bazarov, personagem niilista construído no século XIX com uma capacidade de sintetizar o mundo como ninguém. Causava-me, muitas vezes, tamanha irritação que minha vontade era adentrar àquelas casas de fazenda antigas e opinar sobre determinados assuntos debatidos por ele no livro.
Arcádio, tido como romântico pelo amigo Bazarov, vive à sombra deste, e, ao fim, através de uma descrição lindíssima e sutil colocada em um jardim de imagens quase gregas, descobre aquela que seria a sua mulher, o seu amor. Mas não pela simples descrição banal de paixões de livros, mas pela tomada de consciência de que ela era a pessoa que lhe cabia naquela existência. Uma tomada de consciência bela, mas dolorida ao mesmo tempo. A tomada da consciência da idade e dos caminhos reais que se pode trilhar nesta existência. Kátia era a mulher que seria adequada a ele, e não a que ele sonhava em discussões filosóficas. E era bom que fosse assim.
Outra personagem intrigante é a de Ana Sergueievna, mulher fria, dura e “aristocrata”, segundo o olhar de Bazarov e aos meus também. Vive segundo regras e horários dentro de uma vida no campo para fugir do tédio da sua existência - característica essa, de construção de personagem - que Tchekov acaba desenvolvendo também a partir de Turgueniev.
Entre todas as passagens da obra, há duas que mais me tocaram e que vale mencionar aqui.
A primeira, as discussões calorosas entre Bazarov e Pavel (tio de Arcádio) durante as refeições. De forma irônica, e cômica, o autor constrói o conflito com gestos, pensamentos cortados e opiniões que nada tem a dizer – mas que tudo dizem. A “baboseira” dita é construída com tanta perspicácia que a diferença de pensamento e opinião entre as duas gerações leva, quase ao fim do livro, o leitor a acompanhar um duelo entre os dois (isso mesmo! Com passos para trás e tiros!), que parece aparentemente absurdo e cômica, mas que nos revela a compreensão da dimensão trágica daquela ação para cada um dos personagens. Inacreditável e inesquecível.
A segunda, a momento da morte de Bazarov, diz respeito à solidão, à morte e, principalmente, ao apego do ser humano às palavras e suas próprias crenças – questionado tanto na descrição dos pais de Bazarov, que rezam escondido pela sua sobrevivência do filho, como o próprio Bazarov que, à beira do fim da vida, apesar de durante toda a obra nada crer e tudo questionar, pede, agonizando: “Ouça: nunca a beijei na minha vida...Quer soprar a lâmpada bruxoleante e apagá-la para sempre?”....e Ana Sergueievna o beija na testa. E ele morre.
Uma obra que movimenta o espírito.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

as flores de pedras

Me tiraram a vesícula e as pedras
e me trouxeram flores de laranjeira.
As pedras, guardei em vidros e joguei fora.
As flores, coloquei num vaso de água limpa.
E elas brotaram com outra cara,
com cara de amoreiras e bem-me-queres.
Mas não eram laranjeiras???

segunda-feira, 20 de abril de 2009

supervôo

Me amarram pelos pulsos e me trancaram as pernas.
Fecharam meu corpo e me deixaram só.
Mas a minha alma.......
Anda voando cada vez mais longe daqui.....

domingo, 19 de abril de 2009

atalho para o eu.

Sexta morreu Reinaldo Maia.
E ele me fez, como tantas outras vezes, lembrar dos meus sonhos e das coisas que eu acredito.
E ontem à noite eu fiz uma coisa que não fazia há mto tempo.
E que me fez lembrar da mulher que eu sou.
E dos amigos.
E das coisas que eu gosto de fazer.
E da minha força.

É que às vezes eu me fundo nos outros.
Algumas vezes por amor,
outras por companheirismo.
E acabo esquecendo qual parte é minha
e qual é a do outro.
Aí eu tenho que fazer isso de novo.

São atalhos que a gente cria pra lembrar da gente.
Para lembrar que a gente só pode contar é com a gente mesmo.
E por isso ele, o atalho, tem que ser só nosso, e de mais ninguém.

sábado, 18 de abril de 2009

e como faz?

Tem uma coisa que me estressa: perder o controle.
De mim e dos outros.
Ou seja,
eu vivo estressada.

Aí parei de querer tudo aqui dentro
e deixei rolar.
Deixei ficar sem controle.
Totalmente.
Perdi até meus pés.

É 8
ou 80,
como toda virginiana
com ascendente em sagitário.

fora de controle

A dor mental é a consequência do nosso fracasso em controlar a dor física.

o ciclo da vida

Dizem que os cramberries ajudam os rins. E quem ajuda os cramberries?

??

A dor física é maior prova da nossa existência em matéria sólida.

Sem eu.

Eu podia morrer
e ninguém sentiria falta.
Chorariam alguns dias,
levariam flores ao cemitério,
rezariam por horas.
Poucas horas. Eles não são tão religiosos.
Depois, passadas a chuva e a seca,
retornariam aos seus computadores, aos games,
a hora da manicuri, ao banco, aos afazeres domésticos e à balada dominical.
As peças continuariam sendo feitas, as pessoas gozando e a cerveja rolando.
Tudo se reencaixaria. E de outra forma. Não sei se melhor, ou pior.
Sei que eu não estaria mais ali.
Não teriam mais soros nem veias.
Nem questionamentos, nem tentativas de deixar tudo bem.
Nem choros.
Não teriam a dança, nem risos, nem excessos de carinho.
Nem a vontade de mudar o mundo e os outros.
Nem os tapetes dobrados e os copos quebrados.
A cozinha estaria sempre limpa, o banheiro intacto.
Os jantares semanais sempre agendados e os apartamentos comprados.
Não haveria perguntas sobre comportamento, nem reflexões sobre o que temos feito de nossas vidas. Não haveria atrasos nem esquecimentos.
Os carros nunca estariam amassados; sempre limpos e consertados.
Tudo entraria em ordem e eu dançaria com os anjos.
Pois deve haver espaço para o caos onde os anjos dançam.
E eu adoro dançar.....

terça-feira, 7 de abril de 2009

o nada-acaso

Não havia mais nada a dizer.
Os prato sujos sobre a toalha velha, os garfos tortos do passado de abridores de lata e os copos, pela metade, com o vinho de sempre.
A chuva caía fora de casa, mas o calor dentro dos cômodos era insuportável entre as pequenas janelas que davam para a Radial Leste.
Era tarde da noite e os carros continuavam passando lá embaixo.
Não tinham filhos.
Não tinham pais.
Não tinham amigos.
Falavam apenas daqueles que passavam com pressa pela rua suja, do mendigo louco que gritava na mesma hora do dia na entrada do prédio e do Seu Adolfo que vendia fogos de artifício na vendinha da esquina e que nunca esquecia de dar "bom dia", mesmo quando já era quase noite, e se encontravam no elevador.
Era assim. Até aquela noite.
Já era quase 23h40 quando ouviram um grito seguido de um barulho alto de pancada.
Pararam o gole do vinho. Foram às janelas. Nada viram.
Discutiram sobre a possibilidade do gato beje da vizinha de baixo ter caído da janela que não tinham tela (e que tantas vezes eles avisaram....) ou das mangas verdes do caminhão da feira, que se levantava às quintas-feiras pela madrugada, terem despencado e sujado toda a rua (o que impediria que eles saíssem de casa pela manhã, mais uma vez, pois sujariam as sandálias de couro....) ou até de algum "jovem drogado" ter se espatifado dentro de seu carro novo depois de uma balada nas imediações do centro.
Discutiram, discutiram, por um tempo.
O relógio bateu meia-noite. As luzes do apartamento se apagaram.
No dia seguinte, não havia mangas no chão, nem gatos, nem marcas de carro no chão.
E não havia nenhuma janela aberta.
E a venda estava fechada.
Havia apenas uma placa: fechada, por motivo de falecimento.
A venda nunca mais abriu.
Depois de meses, quase um ano, souberam pelo novo vizinho que se mudara para o apartamento ao lado do deles que "este prédio era famoso".
Tinha sido lá o caso do assassino suicida, que, individado com as empresas de "bombinhas", pulou do prédio e matou um mendigo.
Não havia mais nada a dizer.

sábado, 28 de março de 2009

O autor

Engraçado que o Mário Viana sempre esteve rondando a minha vida.
Desde a época do jornalismo, ele fazia o Caderno Viagem e sentava pertinho de mim, que fazia o Caderno Agrícola (Acreditem!!). E eu já me divertia, ainda tímida, das suas piadas e comentários sobre a vida alheia da redação.......sem maldade, claro!Rsrs...

E agora ele entrou de vez aqui. Nas minhas entranhas.
Metaforicamente falando, claro.

Falar seu texto todo fds nao é só um prazer, mas um orgasmo.

Não bastando, olha só o que ele anda escrevendo por aí....
http://olharesloiros.blogspot.com/2009/03/atores.html?showComment=1238288400000#c6673150156621313778

meu presente

O que eu faço com você?
Embrulho para presente e me dou todos os dias do ano, exceto no seu aniversário, quando eu te daria para sua mãe.

terça-feira, 17 de março de 2009

O paradoxo do ser mulher

Sorte do dia do orkut:
"Não faz sentido dividir as pessoas em boas e más. Pessoas são apenas encantadoras ou monótonas."
Eu concordo.

Sobre a minha peça....

Recebi ontem de um amigo:

“Natureza Morta” revela a vida íntima da Assassina.

Inspirada no quadro “A Assassina” de Edvard Munch (pintor norueguês, 1863- 1944), onde a personagem central está diante do público que a contempla, “Natureza Morta”, texto de Mario Viana, é interpretado por Anna Cecília Junqueira no Espaço dos Sátyros 1, Praça Roosevelt, dirigido por Eric Lenate, ator e diretor vindo do CPT de Antunes Filho.
Essa alquimia artística resultou num potente trabalho cênico. Em seu segundo monólogo (Valsa nº 6 o primeiro, com a Cia. Antikatártika) Anna Cecília demonstra um domínio de sua criativa partitura em cena se lançando fundo no que se propõe. Desde o início de seu breve solo a atriz nos conduz emocionantemente pelas vias do depoimento de sua personagem. A Assassina está diante do cadáver de seu amor e do pintor que recria a cena em sua tela, seu interlocutor e espectador primeiro, e revela os íntimos escaninhos de sua alma, que a levou a cometer esse ato de amor e morte, depondo à platéia sua profunda angústia em continuar.
A vida que levava com seu único amor, razão exclusiva de existir, torna-se pública diante de nossos olhos. Tornamo-nos tão cúmplices da Assassina, mergulhamos tão junto dela (atriz e personagem) que em um suposto júri, deporíamos a fovor da mulher, não contra. É tudo uma surpresa dada. Algum vestígio de sangue? Nas mãos? No punhal? Não? No chão? Assim está bem, como ele queria.
Uma encenação simples, onde tudo é essencial, morada dos signos teatrais potentes. Uma cama com o cadáver, uma mesa com um abajour aceso, com um bolo, alguns pires e uma xícara com água postos sobre ela, algumas banquetas, uma mala, um casaco e um chapéu... Com movimentação muito precisa a atriz nos encanta com seus gestos e sua voz. Nos banha com suas humanas lágrimas. Um quadro vivo que nos atinge como um raio, nos captura sem dar espaço para fuga. Uma inspiração e uma expiração; esse é o tempo mágico desse lindo espetáculo, que nos arremata com sua impressionante forma enxuta de revelar a fragilidade feminina diante do amor e da vida. Agora é continuar, pegar a mala e seguir para o trem que já espera na estação. Bom espetáculo!

Serviço:
Natureza Morta. Espaço dos Satyros Um. (70 lug.).Praça Roosevelt, 214, 3258-6345. 6.ª e sáb., meia-noite. R$ 20. Até 11/4

Por Guilherme Xaviere.
São Paulo, 28 de fevereiro de 2009.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

A estréia

E foi.
Para Paris.
E os amigos e os mestres estavam lá.
E o meu amor também.
E as flores perfumaram a minha noite e os meus dias.
E as cartas me deram força para continuar.
E o palco para viver.
Da magia.
Do agora já.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

o carnaval

Em meio às doses, eu me perdi.
Em meio às dores, me encontrei.
Peço perdão aos que passaram
para que eu passasse em paz.

Ao Carlos.

Eu nunca escrevo neste espaço falando de mim.
Digo, diretamente de mim.
Mas hoje, não tem como.
Amanhã é A estréia -
não de uma peça, mas de um rito de passagem.
Eu estréio dia 20 de fevereiro, sexta-feira de carnaval, e finalizo dia 11 de abril, na páscoa.
Como comentei ontem com algumas amigas, estou vivendo praticamente uma Quaresma, um rito de penitência nesta passagem.
Passagem dos amores,
dos trabalhos,
dos 30 (Apesar da Beth Néspoli ter escrito que eu estou ainda na casa dos 20...rsrs),
da vida fácil e confortável
para a vida de cessões e lutas.
E eu queria agradecer, aqui, uma das pessoas mais importantes no início deste processo de maturação. Uma pessoa que em nenhum momento duvidou dos meus sonhos, da minha garra e da minha capacidade diante dos desafios e das mudanças as quais eu me propunha. Que deu o ponta pé para que eu me jogasse na vida e me entregasse a um desejo que ardia dentro de mim. E que nunca me segurou, e nunca me deixou. Este é o Carlos. Um grande amigo e um grande homem. Fica aqui a minha homenagem e o meu agradecimento eterno à ele.
Obrigada.

a escolha

O destino nada mais é do que um jogo de opções entre o sim e o não.

o que virá....

Eu quero continuar acreditando em milagres, como os que acontecem na Praça, mas as pessoas estão gritando em alto tom dentro da minha mente: cai na real! E tem sido difícil.......e isso me entristece.....pois eu amo os milagres.

É amanhã!


Saiu hj no Estadão, quem quiser vai lá ver!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

lembrar nunca custa nada......

"Senão é como amar uma mulher só linda
E daí? Uma mulher tem que ter
Qualquer coisa além de beleza
Qualquer coisa de triste
Qualquer coisa que chora
Qualquer coisa que sente saudade
Um molejo de amor machucado
Uma beleza que vem da tristeza
De se saber mulher
Feita apenas para amar
Para sofrer pelo seu amor
E pra ser só perdão."

a palavra que mata

Se os seres humanos não tivessem o dom da fala,
eles brigariam menos e se amariam mais.
Com a palavra,
eles pecam ao falar,
se enrolam ao se desculpar
e gastam metros e metros de papel e caneta tentando se entender.

O sonho

Ela era uma flor dentro do vidro.
Ele, um pequeno príncipe.
Ela estava despetalada.
Ele cansado de viajar.
Ele pingou as lágrimas nela.
Ela sorriu e
os espinhos derreteram-se.
Ele, tirou o vidro.
E olharam-se,
por horas a fio.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

a estagnação dos sem-emprego

O homem que martela o ferro lá fora,
no meio da escadaria e do lixo,
não sabe que esta vida que se tem
só depende dele mesmo.
E o desemprego,
uma questão de
criatividade,
e vontade.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

o ponto

Será que existe alguém lá em cima que sopra o texto para gente?

aquarela minha

Tenho vontades em metros e metros de aquarela.
E pintar coisas com textos das coisas,
dos homens
e das calcinhas amarelas.
Tenho vontade de escrever cores.
Multi-cores.
No preto e no branco.
Pincelar o som que entra
e borrar o silêncio que vai.
Tenho.
Vontades.
De cores.

a natureza das coisas

"Tudo aqui está certo. A mesa, o bolo, as frutas, a porta fechada, a cama em desalinho......"
- M. V.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

sábado, 24 de janeiro de 2009

À vista, da lua.



"Os remos batem nas águas:

têm de ferir, para andar.

As águas vão consentindo -

esse é o destino do mar."


Cecília Meireles

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Diretamente da Bahia

Voltei.
Mas em outra roda.
Um pouco acima.
Um pouco abaixo.
Em espiral.
Para recomeçar.
Com a força do vento da Chapada.
A luz da lua no mar quente.
O cheiro do mato com jeito de onça.
O sol de urucum na pele.
E o amor eterno no coração.