quarta-feira, 21 de novembro de 2007

O Labirinto


Outro dia, vasculhando o mundo dos "yakults", deparei-me com a página da Isabella Lotuffo, uma amiga de infância do interior, fada fantasiada de gente, poeta e desenhista, e encontrei esse texto de sua autoria. Através da poesia, ela dialoga sobre o caos que reside dentro de nossas almas. Caos que tentamos evitar no dia-a-dia. Caos que tentamos encontrar a saída. Caos que nos leva a encontrar o pan-panico da vida. E celebrar.
Fica aqui a saudade:


O Labirinto é um lugar escuro, misterioso e místico.
Sao dezenas de voltas, paredes, concretos, ondulações.
A matemática é metafísica, o devaneio se expande em progressão aritmética.
O som é fantasmagórico e o grito nunca é silenciado: ele voa ressonante raios de quilômetros e volta ao Labirinto no eco distante da manhã.
O Labirinto é a casa dos desorientados, é o limite dos fracos, é o desafio dos arquitetos e é também o motivo de superação dos fortes.
Existem certas soluções ao grande enigma: Teseu escolheu o fio de ouro da bela Ariadne, Dédalus deu asas a Ícaro, mas eu, eu enfrento o Minotauro no peito, e enfrento o Labirinto do meu jeito.
O Labirinto, meus caros, sou eu.

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