terça-feira, 26 de setembro de 2017

Amor de sapo.

Ela se apaixonou por um sapo.
E ficou esperando que ele virasse príncipe.
O tempo passou, a pele enrugou.
E o sapo murchou.
Aí ela olhou de novo,
depois de um belo tempo,
pegou-o no colo,
e esperou.
E lá, entre uma pele seca e uma língua cumprida,
ela descobriu que amava o sapo exatamente como ele era.

Seco, molhado, desajeitado, feio, bonito,
coaxando ou em silêncio.

Mas com olhos, ah.... os olhos, mais lindos do mundo.
E isso, ela tinha certeza, não mudaria nunca.
Pois falava daquilo que os olhos não vêem,
mas que o coração sente. E muito.

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