Ou café com amigo, ou coisa assim,
Mas era tanta, mas tanta palavra que tinha dentro dela
que estava com medo de, ao entrar em contato com o mundo,
se afogar em seus próprios pensamentos.
Era sentimento demais esmagado no peito. Era informação demais para digerir.
Era preciso colocar pra fora, abrir a caixa de pandora. Peneirar.
Ela estava sufocada de palavras e tinha medo de morrer disso.
Entupida de letras empilhadas garganta abaixo...
Era preciso pegar as palavras e reordena-las, com algum sentido, de alguma forma.
Cheias, rasas, curtas. Circulares. Todas elas. Mas alguma. Pelo menos uma.
Era preciso criar largos espaços. Amplos. Entre parágrafos.
Para, entre eles,
a palavra Esperança gravar.
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